O título desta postagem “O Grafiteiro e o Melhor Grafite” deve-se ao fato de eu estar sempre buscando fazer melhor.
Obrigado por me visitar neste site,“ografiteiro.com“, provavelmente não nos conhecemos, que tal me conhecer melhor?
Primeiro de tudo, me chamo Regis Teixeira, nasci em 1979, no bairro do Cambuci, na cidade de São Paulo, cresci de forma humilde na cidade de Osasco, onde resido até hoje.
Tive os primeiros contatos com a arte quando ainda era criança, sempre amei desenhar, era comum sentar em frente à televisão, com um papel e lápis na mão para praticar meus “rabiscos”.
Com o passar do tempo, ao ingressar na escola, meus rabiscos foram tomando forma, tornando-se desenhos e ocupando boa parte dos meus cadernos.
Nas aulas de Educação Artística, sempre me destacava, sempre sendo requisitado para os desenhos mais difíceis, ou para ajudar os demais colegas…
Já nas outras matérias… deixa pra lá!…kkk
Datas comemorativas e festivas, como Copa do Mundo, Festas Juninas, Natal, entre outras… não me faltavam atividades, mesmo com minha ainda baixa idade, 10, 11 anos.
Pintei muitas ruas com “cal e corantes”, era o que conseguíamos comprar com as “vaquinhas” que fazíamos entre os vizinhos.
E isso tudo, creio que serviu para reforçar ainda mais o legado da arte em minha vida.
– O Início do Grafite
Bidú, Fabinho e Eu
Ainda na adolescência, convivi certamente, com os “maiores” pixadores de São Paulo.
Fiz parte de uma geração “rebelde” que introduziu a arte urbana conhecida hoje como “Graffiti ou Grafite” em São Paulo.
Não há como negar que a pixação foi o gatilho para essa nova modalidade de expressão artística na cidade.
Em uma época que tínhamos os recursos bastante limitados, era muito difícil adquirir uma lata de spray.
Por ter alto custo, consequentemente, não tinha outro jeito pra conseguir uma lata, se não através do furto.
E era assim que se conseguiam a maior parte dos sprays para pixar.
Com o passar do tempo, tanto os pixadores, quanto os donos de lojas, já não aguentavam mais essa situação, então, surgiu a idéia para se fazer os primeiros grafites.
O acordo era que os lojistas cedessem algumas latas de sprays para a “rapaziada”. Eles fariam um desenho na fachada do comércio com esses sprays.
O que sobrasse ficaria com os “artistas” para fazer o que quisessem, mas “bem longe dali”!
Esse foi o início do grafite ” pra mim”, e para muitos outros amigos que convivi nesta época.
– Grafiteiro Profissional
Eu era mais jovem que a maioria da turma, alguns amigos mais velhos já ganhavam dinheiro grafitando os comércios que os contratavam.
Então recebi um convite para trabalhar de ajudante de grafiteiro, com meu amigo “Calt”.
O Calt, era provavelmente, um dos melhores grafiteiros da época,… aceitei sem vacilar…
Eu preparava parede, raspava, aplicava fundo, segurava escada, dava todo suporte necessário.
Acompanhava tudo com muita atenção,assim, aprendia a cada detalhe, absorvia como uma aula todas as etapas e procedimentos de criação, sem dúvida, tive a melhor escola e o melhor professor.
Com o passar dos dias fui adquirindo conhecimento e confiança, para fazer meu primeiro grafite e me tornar um grafiteiro profissional de fato.
Finalmente, certo dia, recebemos um pedido de orçamento para grafitar uma banca de jornal, pedi para o Calt me deixar fazer o grafite, ele perguntou se eu conseguiria fazer sozinho, disse que sim!
Foi meu primeiro grafite, desde então, não parei mais!
Eu em mais uma arte 3D
Já são 24 anos de profissão, tive muitos desafios ao longo do tempo.
Me tornei O Grafiteiro e o melhor grafite é o que busco, dia após dia…
Hoje, acima de tudo, só posso agradecer a Deus por ter chegado até aqui!